Segundo Ricardo Chimirri Candia, ex-prefeito de Corumbá, a Agenda 2030 representa um compromisso global com o desenvolvimento sustentável, e sua implementação eficaz depende, em grande medida, da atuação estratégica dos gestores públicos. É por meio de políticas públicas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que se viabiliza a transformação estrutural necessária para um futuro mais justo, inclusivo e resiliente.
Ao adotar os ODS como diretriz central, a administração pública assume um papel de liderança na promoção de mudanças sociais, econômicas e ambientais. Isso requer planejamento integrado, articulação intersetorial e, sobretudo, o engajamento da sociedade civil. Leia mais e entenda sobre o assunto:
Agenda 2030: a importância dos ODS como norte para a formulação de gestão pública
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável oferecem um referencial concreto e mensurável para orientar as políticas públicas. Com 17 metas globais interdependentes, a Agenda 2030 abrange temas como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, educação de qualidade, cidades sustentáveis e combate às mudanças climáticas. A incorporação desses objetivos nas práticas de gestão pública permite alinhar investimentos, programas e legislações às necessidades reais da população e ao futuro do planeta.

Nesse sentido, como aponta Ricardo Chimirri Candia, uma gestão pública eficiente deve traduzir os ODS em planos de ação locais, metas orçamentárias e indicadores de desempenho. Municípios e estados que integram esses compromissos em seus planejamentos estratégicos conseguem priorizar investimentos com maior impacto social e ambiental, fortalecendo a governança democrática e a transparência na gestão dos recursos públicos.
Integração intersetorial e territorial como chave para a mudança
A efetivação da Agenda 2030 depende de ações coordenadas entre diferentes setores da administração pública e níveis de governo. Políticas de educação, saúde, saneamento, mobilidade e habitação, por exemplo, precisam dialogar entre si e com os objetivos globais. Esse alinhamento evita sobreposições, otimiza recursos e amplia a eficácia das intervenções públicas, promovendo o desenvolvimento de forma mais equilibrada e inclusiva.
De acordo com Ricardo Chimirri Candia, a gestão pública que adota uma abordagem territorializada dos ODS consegue identificar com precisão os desafios e potencialidades de cada região. Ao considerar as especificidades locais, é possível desenhar políticas mais eficazes, que respeitem as diversidades culturais, econômicas e ambientais. Essa estratégia reforça o papel do poder público como catalisador do desenvolvimento sustentável em todos os territórios.
Participação social e monitoramento como pilares da Agenda 2030
A construção de políticas sustentáveis exige a escuta ativa da sociedade. Canais de participação cidadã, conselhos de políticas públicas e fóruns temáticos são ferramentas fundamentais para incorporar as demandas da população e garantir a legitimidade das decisões governamentais. Além disso, a transparência nos processos e a ampla divulgação dos resultados promovem a confiança e o engajamento da população com os objetivos propostos.
Conforme apresenta Ricardo Chimirri Candia, o monitoramento contínuo dos indicadores ligados aos ODS é essencial para avaliar o desempenho das políticas públicas e corrigir rumos quando necessário. Ferramentas de gestão por resultados, auditorias independentes e relatórios públicos fortalecem a responsabilização dos gestores e tornam a implementação da Agenda 2030 mais efetiva. A sociedade deve ter acesso aos dados, compreender os avanços e participar ativamente das decisões.
Compromisso coletivo para um futuro sustentável
Em resumo, a concretização da Agenda 2030 exige mais do que boas intenções, requer um compromisso ativo dos gestores públicos com a sustentabilidade, a justiça social e a responsabilidade intergeracional. Ademais, como ressalta Ricardo Chimirri Candia, é fundamental fortalecer a capacidade institucional dos entes públicos, investir em planejamento estratégico e estimular parcerias com a sociedade civil e o setor privado. Só assim será possível garantir que os objetivos traçados se traduzam em transformações.
Autor: Yury Pavlov