Advogada da apresentadora diz que músico admitiu agressões contra influenciadora. Defesa de Bertoni afirma que decisão da Justiça “busca somente inibir falar agressivas” de Titi contra ele e sua família.
Desde setembro de 2022, Titi Müller está sob uma liminar que a proíbe de falar do ex-marido e de sua família nas redes sociais. O caso se tornou público na semana passada, numa entrevista ao videocast ‘Desculpa Alguma Coisa’, da escritora Tati Bernardi.
“Tem uma liminar que meu ex-marido pediu, pra que eu não citasse ele —e pessoas da família dele— em rede social sob multa. Então isso é absolutamente inconstitucional. Enfim, eu estou aí sob mordaça”, disse Titi.
Titi é mãe de Benjamim, de 3 anos, fruto de sua relação com Tomás Bertoni, integrante da banda de rock Scalene. Ele e Titi foram casados por 2 anos, até que decidiram se divorciar em 2021. Embora o casamento tenha chegado ao fim, as violências não cessaram, segundo relatos dados por Titi à Justiça — pelo contrário, aumentaram: a física, que sofreu ainda casada, juntou-se à institucional, afirma a defesa da apresentadora.
“Nós estamos falando de uma pessoa que está em situação de violência. Ela tem algumas ações, não é só uma ação e nós estamos atuando nessa ação que está investigando violência doméstica narrada pela nossa cliente, bem como uma ação cível, vinculada às violências que também foram narradas pela vítima”, disse a advogada Ana Carolina Fleury.
O processo a que se refere Ana Carolina está sob sigilo. A advogada diz que não pode detalhar o processo, mas confirmou as informações obtidas pela reportagem.
Durante o processo de separação, Tomás admitiu, na presença da então advogada do casal, que submeteu Titi a violência psicológica, verbal e física – inclusive no período em que ela estava grávida. A confissão feita com a condição de que ficasse sob sigilo por 15 anos.
O termo em que Tomás admite as violências não foi incluído na homologação do divórcio. Ele entrou com um pedido de desistência da ação, e Titi concordou. Segundo a defesa, ela assinou o documento porque —naquele momento— não queria entrar em uma batalha judicial. O pedido de extinção do processo foi homologado e sem possibilidade de recurso.
“A gente tem o acusado assinando, confessando as violências que praticava. Esse termo foi protocolado no Judiciário, foi pedido para que fosse homologado, entretanto, foi pedida a desistência pelo lado do Tomás. Acredito que tenha sido percebido que poderia ser prejudicial —e de fato é”, disse a advogada de Titi.